1 de junho de 2013

Cap.X - Crianças sem idade…

Quantas vezes, dou comigo a extravasar o lado de criança que há dentro de mim. Ao fim destes 50 anos, não consegui ainda dissociar-me dessa fase primária das nossas vidas. Ainda bem que assim é. São bons momentos de felicidade os que se vivem quando, por instantes, voltamos a ser crianças.

Vem isto a propósito do Dia Mundial da Criança e da homenagem que lhes quero prestar à sua pureza e à sua grandeza.
Todas as crianças são naturalmente genuínas e fantásticas, e um enorme abraço a todas, mas a dedicatória de hoje vai especialmente para duas castas de crianças.

Em primeiro, para as que sofrem: sofrem por doenças cruéis, sofrem por violências físicas e morais, sofrem pelas maldades dos adultos, sofrem por fome, por coação, por chantagens e por incompreensíveis brutalidades humanas.

Em segundo lugar, para as crianças que têm tudo e não têm nada. Isso mesmo, as crianças que têm todos os brinquedos, todas as modernas tecnologias, todos os bens materiais e todas as luxuosas comodidades, mas falta-lhes o calor de uma família, falta-lhes diálogo e o tempo dos pais, falta-lhes regras e disciplina, falta-lhes tolerância e compreensão, falta-lhes orientação e objetivos, em suma, falta-lhes educação, amor e carinho.
São crianças criadas num ambiente onde o “Ter” é mais importante que o “Ser”.
Há muitas crianças assim, infelizmente cada vez mais.
Isso preocupa-me, porque não sei se as bases que têm hoje, são suficientes para se tornarem pessoas felizes no amanhã. Temo que não…
Claro que estas crianças são vítimas, e não culpadas, mas era bom que os pais acordassem a tempo…

Um último abraço para todas as crianças que conheço, sejam familiares ou amigas, e também para os meus filhos, que embora já crescidinhos, continuam para mim a ser duas maravilhosas crianças. Nunca deixem de o ser…

Feliz Dia da Criança…

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