22 de maio de 2013

Cap.IX - Quanto vale um abraço ...

Ontem no aeroporto, enquanto esperava por uns amigos vindos de Barcelona, deparei-me com alguns episódios que agitaram o meu lado sensível e emocional.
Gente que parte e que chega, envolvida num clima de cumplicidade, que termina quase sempre carimbado com um intenso abraço.

Porque hoje é Dia do Abraço, talvez valha a pena distinguir entre o abraço físico e o abraço sentido, ou entre o abraço interesseiro e o abraço desinteressado.
Os abraços são como os queijos, há muitos e para todos os gostos, mas eu inclino-me mais perante os abraços inflamados, daqueles que fazem tremer as pernas, e que apetece não terminarem nunca.

Foi isso que vi ontem, no olhar de uma criança de meia dúzia de anos que, alegremente, via chegar o seu Pai, e também na despedida de um par, previsivelmente Mãe e Filho, que o cenário exposto, apontava para uma separação por largo tempo, talvez à procura bem longe, de uma porta de saída para a crise que por cá se vive.
Ambas as situações inquietaram-me. Por instantes sustive a respiração e pensei nas motivações daqueles abraços.
Quantas coisas nos entram na cabeça nestes momentos…
Realmente há abraços e abraços…

Não deixem o abraço cair na vulgaridade. Que ele seja sempre o reflexo de um sentimento genuíno, de um desejo profundo ou de um símbolo de gratidão.
A vida dá-nos muitas oportunidades para abraçar a sério. Aproveitemo-las…
Por falar nisso, pense em alguém que gostaria de dar um desses bons abraços neste momento, e não pode…

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