Não ter tempo, pode ser tarde demais.
Vem-me à memória um recente funeral onde estive presente.
Um filho, há muito afastado da convivência com o pai, contemplava o caixão à distância, sem no entanto, ter coragem para se aproximar. Soube, de permeio, que essa atitude se poderia dever a um profundo arrependimento por não ter, em vida, dito ao seu pai tudo o que sentia.
Era tarde …Tarde demais…
Vem-me à memória um recente funeral onde estive presente.
Um filho, há muito afastado da convivência com o pai, contemplava o caixão à distância, sem no entanto, ter coragem para se aproximar. Soube, de permeio, que essa atitude se poderia dever a um profundo arrependimento por não ter, em vida, dito ao seu pai tudo o que sentia.
Era tarde …Tarde demais…
Por instantes, muitos instantes aliás, fiquei a meditar naquele quadro. Nada que todos nós não saibamos, mas da realidade à prática, por vezes vão longas distâncias.
Será que precisamos de ver alguém partir, para transmitir os nossos afetos e os sinais da nossa dedicação?
Infelizmente, parece que sim, e cada vez mais…
“Não deixes nada para dizer. Amanhã pode ser tarde”, disse eu cá para os meus botões.
Mas porque é que a nossa vida tem que ser como os outros querem e não como entendemos que deve ser? Será que é justo atirarmos todo o ónus das nossas fraquezas, para cima da sociedade em abstrato, quando nós próprios nos esquecemos de fazer a nossa parte, até mesmo as coisas mais simples?
É verdade que o nosso mundo está pejado de vidas demasiado intensas e ocupadas, onde já pouco espaço resta para nobres gestos de bondade e de carinho, até mesmo para os que mais amamos.
Muita correria, pouca paz…
Muita revolta, pouca tolerância…
Muita pressão profissional, pouco convívio familiar…
Muito comodismo, pouca coragem…
Muito individualismo, pouca união…
Muita presunção, pouca humildade…
Muita crítica, pouco elogio…
Muito capricho, pouco perdão…
Muita gritaria, pouco diálogo…
Muita razão, pouco coração
Muito TER, pouco SER…
Um magote de perigosas enfermidades, tomou conta de nós, sem que quase nos déssemos conta. É assim o mundo de hoje, o tal mundo que alguns chamam moderno.
Tanto se perdeu…
Um dócil mimo desinteressado, duas ternas palavras ao ouvido, um convincente e franco elogio, um deleitoso abraço, um gesto ou uma palavra de gratidão, tudo isto parece ter-se esvaído dos nossos melhores hábitos, deixando, quase de repente, de fazer parte do compêndio das coisas mais importantes da vida.
Se pensarmos bem que, também nós temos um prazo de validade e que um dia tudo se acaba, talvez ainda possamos ir a tempo de remediar os nossos comportamentos.
Pois é, é verdade, já me esquecia que nem sequer temos tempo para pensar nessas coisas. Mas o pior, é que dias virão, que nos vamos lamentar de não ter esse tempo. Poderemos então ter todo o tempo do mundo, pouco adiantará, porque já não temos tempo para dizer o que, em tempo útil, não soubemos, ou não quisemos dizer…
Casais deste universo, pais, filhos e irmãos, amigos verdadeiros, e tantos outros, deem cor e grandeza às vossas vidas.
Cada dia tem 1440 minutos. Se de todo este tempo, tirarmos 3 minutos, apenas 3 por dia, para doarmos uma gotinha de reconhecimento e carinho a quem amamos, então a nossa vida ficará mais rica e fará muito mais sentido.
Ficamos nós mais fortes, fica o nosso próximo mais forte, fica o mundo mais forte…
Que importa viver muito, se não vivermos bem?
Pessoalmente, continuo a acreditar que viver bem, é respeitar para ser respeitado, é fazer o bem, para o bem receber, especialmente aos que nos estimam e nos ajudam a honrar o caminho da vida. E é isto que eu quero deixar como herança aos meus filhos, como sendo, seguramente, o melhor suporte de preparação para a vida.
Acreditando nestes princípios, certamente continuarei a arranjar TEMPO para, hoje, sim hoje e não amanhã, nada mas mesmo nada deixar por dizer.
Uma simples palavra, ou um gesto espontâneo, valem bem mais que um valioso presente.
Sejamos lúcidos, mesmo antes do fatalismo.
Não esperemos por mais um funeral, para mudarmos o rumo do nosso pensamento…
Será que precisamos de ver alguém partir, para transmitir os nossos afetos e os sinais da nossa dedicação?
Infelizmente, parece que sim, e cada vez mais…
“Não deixes nada para dizer. Amanhã pode ser tarde”, disse eu cá para os meus botões.
Mas porque é que a nossa vida tem que ser como os outros querem e não como entendemos que deve ser? Será que é justo atirarmos todo o ónus das nossas fraquezas, para cima da sociedade em abstrato, quando nós próprios nos esquecemos de fazer a nossa parte, até mesmo as coisas mais simples?
É verdade que o nosso mundo está pejado de vidas demasiado intensas e ocupadas, onde já pouco espaço resta para nobres gestos de bondade e de carinho, até mesmo para os que mais amamos.
Muita correria, pouca paz…
Muita revolta, pouca tolerância…
Muita pressão profissional, pouco convívio familiar…
Muito comodismo, pouca coragem…
Muito individualismo, pouca união…
Muita presunção, pouca humildade…
Muita crítica, pouco elogio…
Muito capricho, pouco perdão…
Muita gritaria, pouco diálogo…
Muita razão, pouco coração
Muito TER, pouco SER…
Um magote de perigosas enfermidades, tomou conta de nós, sem que quase nos déssemos conta. É assim o mundo de hoje, o tal mundo que alguns chamam moderno.
Tanto se perdeu…
Um dócil mimo desinteressado, duas ternas palavras ao ouvido, um convincente e franco elogio, um deleitoso abraço, um gesto ou uma palavra de gratidão, tudo isto parece ter-se esvaído dos nossos melhores hábitos, deixando, quase de repente, de fazer parte do compêndio das coisas mais importantes da vida.
Se pensarmos bem que, também nós temos um prazo de validade e que um dia tudo se acaba, talvez ainda possamos ir a tempo de remediar os nossos comportamentos.
Pois é, é verdade, já me esquecia que nem sequer temos tempo para pensar nessas coisas. Mas o pior, é que dias virão, que nos vamos lamentar de não ter esse tempo. Poderemos então ter todo o tempo do mundo, pouco adiantará, porque já não temos tempo para dizer o que, em tempo útil, não soubemos, ou não quisemos dizer…
Casais deste universo, pais, filhos e irmãos, amigos verdadeiros, e tantos outros, deem cor e grandeza às vossas vidas.
Cada dia tem 1440 minutos. Se de todo este tempo, tirarmos 3 minutos, apenas 3 por dia, para doarmos uma gotinha de reconhecimento e carinho a quem amamos, então a nossa vida ficará mais rica e fará muito mais sentido.
Ficamos nós mais fortes, fica o nosso próximo mais forte, fica o mundo mais forte…
Que importa viver muito, se não vivermos bem?
Pessoalmente, continuo a acreditar que viver bem, é respeitar para ser respeitado, é fazer o bem, para o bem receber, especialmente aos que nos estimam e nos ajudam a honrar o caminho da vida. E é isto que eu quero deixar como herança aos meus filhos, como sendo, seguramente, o melhor suporte de preparação para a vida.
Acreditando nestes princípios, certamente continuarei a arranjar TEMPO para, hoje, sim hoje e não amanhã, nada mas mesmo nada deixar por dizer.
Uma simples palavra, ou um gesto espontâneo, valem bem mais que um valioso presente.
Sejamos lúcidos, mesmo antes do fatalismo.
Não esperemos por mais um funeral, para mudarmos o rumo do nosso pensamento…
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