OS MEUS OLHOS
São escuros os meus olhos
Tradutores do coração
Para ver tudo luzente
Não importa de que cor são…
Perdoem-me todos os outros
Porque cores há muitas mais
Lá diz a velha canção
Os castanhos são leais…
Sempre abertos, sempre atentos
Tanto riem, como choram
Veem perto, veem longe
Uns odeiam, outros adoram…
São assim estes meus olhos
Que nem tudo querem ver,
São olhos que tudo dizem
Para quem os quiser ler…
FF
9 de junho de 2013
4 de junho de 2013
Cap.XI - Mais um degrau no sonho
Como pai, não consigo disfarçar um imenso orgulho pela entrada do meu filho, aos 14 anos, no lote dos melhores tenistas nacionais.
Nada está ganho, mas este honroso 8º lugar no Ranking de Sub16, o patamar mais alto da sua curta carreira, é sobretudo uma justa recompensa para quem tem tanta paixão pelo ténis, e sobretudo para quem trabalha com tanto entusiasmo e sacrifício, nunca virando a cara à luta em busca dos seus objetivos nesta difícil modalidade.
Esta foi apenas a primeira de muitas etapas a cumprir, mas por ser motivadora e importante, gostava de deixar aqui uma palavra de gratidão a todos os que contribuíram para este significativo momento.
Começaria por agradecer ao seu 1º treinador Henrique Assis, que à conta de uma inesperada atividade escolar, pouco tempo depois me chamou, quase me obrigando a colocá-lo num clube (SC Porto), reconhecendo-lhe qualidades, apesar de começar quase aos 10 anos, um pouco tarde para estas andanças.
Em boa hora o fez Professor.
Um profundo agradecimento também aos Professores João Maio e Victor Ferreira que durante 3 anos, foram interessados responsáveis por todas as bases que ele adquiriu e pelo suporte competitivo que foi conquistando, com ajuda também do Pedro Coelho.
Por último, um abraço de gratidão ao seu atual treinador Manuel Barros que em pouco mais de 8 meses, potenciou ainda mais as suas qualidades e melhorou os seus índices técnicos, táticos e mentais, para além de uma excelente relação de cumplicidade e amizade.
A todos estes homens, o meu justo reconhecimento pelo papel que tiveram nesta ascensão do Kiko, não só na vertente desportiva e humana, mas também por toda a competência e dedicação que lhe dispensaram. Nunca os esquecerei e ele certamente, também não.
Agora o caminho é em frente. Trabalhar, trabalhar, trabalhar.
É verdade que é um caminho de muitos sacrifícios e privações, mas quem o conhece, sabe que isso não o assusta, especialmente porque só tem em mente o ténis para o seu futuro.
Agora que chegou até aqui, a responsabilidade aumenta, mas também deverá aumentar o empenho, a coragem e sobretudo a humildade. Só assim se fazem campeões.
Pela minha parte, tudo farei o que estiver ao meu alcance, dentro de uma lógica racional e de bom senso, para corresponder às expectativas que ele tem.
O caminho é longo … muito longo.
Vai em frente Kiko
1 de junho de 2013
Cap.X - Crianças sem idade…
Quantas vezes, dou comigo a extravasar o lado de criança que há dentro de mim. Ao fim destes 50 anos, não consegui ainda dissociar-me dessa fase primária das nossas vidas. Ainda bem que assim é. São bons momentos de felicidade os que se vivem quando, por instantes, voltamos a ser crianças.
Vem isto a propósito do Dia Mundial da Criança e da homenagem que lhes quero prestar à sua pureza e à sua grandeza.
Todas as crianças são naturalmente genuínas e fantásticas, e um enorme abraço a todas, mas a dedicatória de hoje vai especialmente para duas castas de crianças.
Em primeiro, para as que sofrem: sofrem por doenças cruéis, sofrem por violências físicas e morais, sofrem pelas maldades dos adultos, sofrem por fome, por coação, por chantagens e por incompreensíveis brutalidades humanas.
Em segundo lugar, para as crianças que têm tudo e não têm nada. Isso mesmo, as crianças que têm todos os brinquedos, todas as modernas tecnologias, todos os bens materiais e todas as luxuosas comodidades, mas falta-lhes o calor de uma família, falta-lhes diálogo e o tempo dos pais, falta-lhes regras e disciplina, falta-lhes tolerância e compreensão, falta-lhes orientação e objetivos, em suma, falta-lhes educação, amor e carinho.
São crianças criadas num ambiente onde o “Ter” é mais importante que o “Ser”.
Há muitas crianças assim, infelizmente cada vez mais.
Isso preocupa-me, porque não sei se as bases que têm hoje, são suficientes para se tornarem pessoas felizes no amanhã. Temo que não…
Claro que estas crianças são vítimas, e não culpadas, mas era bom que os pais acordassem a tempo…
Um último abraço para todas as crianças que conheço, sejam familiares ou amigas, e também para os meus filhos, que embora já crescidinhos, continuam para mim a ser duas maravilhosas crianças. Nunca deixem de o ser…
Feliz Dia da Criança…
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